Como disse um homem de ciência, Lavoissier: “Na natureza nada se perde nada se cria, tudo se transforma”. Pois é verdade, a vida terrena vai dar lugar há vida espiritual e não há morte, tal como como ela é entendida e considerada por muitos. A vida não acaba só se transforma em outra vida, que todos os espíritas sabemos ser a verdadeira vida.
Mesmo na natureza temos exemplos disso, pois ela mostra-nos a renovação perpétua das coisas.
A morte é como que um parto, um renascer de novo. Ela, a morte, nem nos priva das coisas deste mundo. Lá do além continuamos a ver aqueles a quem amamos e que deixamos para trás; veremos também as mudanças que ocorrem aqui na terra e assistiremos ao desenvolvimento religioso, social e político, assim como às novas descobertas. Longe de afugentar a ideia da morte, como normalmente fazemos, devíamos saber encará-la face a face. Como nos é revelado pelos espíritos, a morte em nada muda a nossa natureza espiritual, as nossas características; o que constituí o nosso verdadeiro “Eu” apenas nos torna mais livres, dando-nos um entendimento e uma liberdade que só pode ser medido pelo nosso grau de adiantamento.
Tanto na vida terrena como na espiritual, temos a possibilidade de praticarmos tanto o bem como o mal e a facilidade de nos adiantarmos, progredirmos e mesmos de nos transformarmos; mas isso só depende de nós, da nossa vontade, do nosso livre-arbítrio. Nada é irreparável, por toda a parte existem as mesmas leis divinas. Nos dois lados esperam-nos amigos, parentes e protectores. Assim como ficamos felizes com a chegada, o nascimento de uma criança, cuja alma vem de novo desabrochar para a vida na terra para cumprir os desígnios de Deus, do mesmo modo, do outro lado, do além, as entidades desencarnadas, nossos irmãos em espírito, esperam a chegada à vida espiritual dos que partem para o lado de lá, e glorificam, dão as boas vindas da sua chegada há Luz. Digamos, pois, que “os mortos são os vivos do Céu”, que por sua vez se tornarão aquando da reencarnação, nos vivos da Terra.
Afinal a Vida não acaba, apenas se Transforma.
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